ELEFANTE BRANCO

O QUE É ELEFANTE BRANCO

É algo grande! E Branco. Até aqui bastante óbvio, mas o que nao sabes é que ele tambem é negro, amarelo e púrpura. Pode ter qualquer cor, diferentes formas, sons, aromas e gostos. Para nao falar da maneira como ele engloba tantos e diferentes pontos de vista sobre o mesmo tema. É impossivel catalogá- lo. O elefante branco sou eu, és tu, e ele também. Por isso sente- te livre para aportar o teu graozinho e disfruta!!!

WHITE ELEPHO

White elephant is BIG! And it is white. Until here is very obvious. But what you need to know is that he is also black, yellow, and purple, he can feature every colour, also different shapes, sounds, aromas and tastes. Not to metion his mind: it ensembles so many different points of view on the same issue that it is impossible to label it. We don´t try to label: We just feel it. Enjoy with us.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Kery James - Lettre à la République (Clip officiel)

Mirel Wagner - No Hands by Playground Music

Mirel Wagner - No Hands by Playground Music

Sorie Kondi-Without Money No Family (Chief Boima Remix)

Yakoto - Tamba (offizielles Video)

Y'akoto: "Diamonds" (Official Video)

How we wrote...Amadou and Mariam

Bez feat Praiz - That Stupid Song.

Melanie Fiona - Change The Record (Feat. B.o.B)

"GOOD LUV'N"

Denitia Odigie - Sleep (Live)

Kaya - Dont Give Up ( Imperfections EP )

Georgia Anne Muldrow - Husfriend (Prod. By Madlib) by someothaship

Georgia Anne Muldrow - Husfriend (Prod. By Madlib) by someothaship

Ai Du Ali Farka Toure

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Freedom Riders

http://video.pbs.org/video/1925571160/

"I have a dream...", até hoje "i have a dream..."
 É possível concretiza-lo..."Sê a mudança que queres ver no mundo."
 É simples! "Eu quero tudo para toda gente!"

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Uma vírgula no tempo


São pequeninas as vidas que enchem aquela casa, algures na velha Lisboa. De quando em vez enchem a minha casa também.
Quem vê de fora não imagina a ternura que mora dentro daquelas paredes altas, envelhecidas, quase sombrias.  
Após uma subida íngreme de escadarias e pedras, numa rua onde habita essencialmente gente velha e a espaços um ou outro casal jovem, encontramos finalmente o edificio,  com uma faixa da Santa Casa da Misericórdia que o identifica.
É um prédio antigo, quase colado à estrada e por isso uma gradezinha de protecção na porta, a denunciar a  infância que lá floresce.
São um grupo de crianças (ditas) institucionalizadas, retiradas por razões várias às respectivas famílias, e cuja casa passou a ser o Lar de quem nunca o teve verdadeiramente.

Antes de as conhecer antecipei cenários: rostos tristes, rebeldias extremadas a indiciar carência afectiva e alguma frieza nos gestos.
Encontrei crianças alegres, sorridentes, com a rebeldia natural da infância, mas crianças especialmente afectuosas, sequiosas por dar e receber carinho. Crianças que correm, saltam, pulam, riem, como se lhes habitasse a porção mágica da felicidade.
E uma vontade de as pôr no colo a todo o momento, porque sei que não caberão nele por muito mais tempo. Uma ânsia de as beijar permanentemente, porque sei que não receberão os meus beijos com o mesmo entusiasmo no futuro.
 E a esperança de que tudo isso fique quando os anos passarem, quando os ventos mudarem, quando a distância, impiedosa, se intrometer entre nós.

Às vezes descubro-lhes no fundo da retina, discreta, uma tristeza diferente, uma fragilidade que comove, um quê de desamparo que tento de imediato cobrir com um abraço.
E o abraço a transportar-me à minha própria infância e ao que dela ficou, o calor aconchegante de um colo, uma ou outra frase que ainda hoje ecoa, uma melodia partilhada, uma mão firme colada á minha...
E de repente sou criança de novo, olhitos arregalados, joelhos arranhados, o cheiro da terra molhada e as mãos cravadas nela, e o som da voz da minha mãe gritando o meu nome pela janela.
Sei por isso que são as pequenas coisas que ficam, gravadas a ferros no baú das memórias e dos afectos.
Pudesse eu guardar certos momentos e conservá-los intactos dentro de uma garrafa, tapá-la bem, e desenhar com ela uma vírgula no tempo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Distâncias

Quanto tempo nos levaria a percorrer a imensidão que nos habita?
Quantos estão disponíveis para o frente-a-frente com o mais profundo de si?
Atordoados pelas urgências mundanas vamos engavetando o nosso ‘mundinho’ interior, evitando abrir as gavetas, embora o pó vá espreitando do lado de fora. E se ousamos abri-las, a mão percorre-as hesitante, a temer a profundidade.
As nossas inquietações diárias são quase sempre tão pequeninas, tão banais. Somos engolidos pela pretensa imensidão do mundo real, esse mundo material, concreto e burocrático que nos escraviza.
Receosos, desistimos de ser inteiros e vamos erguendo muros em redor da alma, aceitando resignados a superficialidade que nos sufoca e dimunui.
Por isso, de quando em vez, gosto de ir para longe, qualquer local distante, sem referências, sem bengalas, que me obrigue a abrir as gavetas mais escuras.
Cada partida, cada experiencia nova, cada encontro com o desconhecido vai encurtando a distância de nós para nós, porque nos descobrimos outros, exploramos camadas nossas que não sabíamos existir e no fim, verificamos com surpresa que somos os mesmos ainda, mas maiores, mais completos, mais autênticos.
Mas é preciso romper as barreiras do medo e arriscar o salto, soltando mesmo aquela ponta trémula do pé que insiste em rodopiar no solo, imitando poses de bailarina.

verge(in): Jeremy Ellis - Maschine and Maschine Mikro

J Dilla - "Won't Do"

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012