ELEFANTE BRANCO

O QUE É ELEFANTE BRANCO

É algo grande! E Branco. Até aqui bastante óbvio, mas o que nao sabes é que ele tambem é negro, amarelo e púrpura. Pode ter qualquer cor, diferentes formas, sons, aromas e gostos. Para nao falar da maneira como ele engloba tantos e diferentes pontos de vista sobre o mesmo tema. É impossivel catalogá- lo. O elefante branco sou eu, és tu, e ele também. Por isso sente- te livre para aportar o teu graozinho e disfruta!!!

WHITE ELEPHO

White elephant is BIG! And it is white. Until here is very obvious. But what you need to know is that he is also black, yellow, and purple, he can feature every colour, also different shapes, sounds, aromas and tastes. Not to metion his mind: it ensembles so many different points of view on the same issue that it is impossible to label it. We don´t try to label: We just feel it. Enjoy with us.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Distâncias

Quanto tempo nos levaria a percorrer a imensidão que nos habita?
Quantos estão disponíveis para o frente-a-frente com o mais profundo de si?
Atordoados pelas urgências mundanas vamos engavetando o nosso ‘mundinho’ interior, evitando abrir as gavetas, embora o pó vá espreitando do lado de fora. E se ousamos abri-las, a mão percorre-as hesitante, a temer a profundidade.
As nossas inquietações diárias são quase sempre tão pequeninas, tão banais. Somos engolidos pela pretensa imensidão do mundo real, esse mundo material, concreto e burocrático que nos escraviza.
Receosos, desistimos de ser inteiros e vamos erguendo muros em redor da alma, aceitando resignados a superficialidade que nos sufoca e dimunui.
Por isso, de quando em vez, gosto de ir para longe, qualquer local distante, sem referências, sem bengalas, que me obrigue a abrir as gavetas mais escuras.
Cada partida, cada experiencia nova, cada encontro com o desconhecido vai encurtando a distância de nós para nós, porque nos descobrimos outros, exploramos camadas nossas que não sabíamos existir e no fim, verificamos com surpresa que somos os mesmos ainda, mas maiores, mais completos, mais autênticos.
Mas é preciso romper as barreiras do medo e arriscar o salto, soltando mesmo aquela ponta trémula do pé que insiste em rodopiar no solo, imitando poses de bailarina.

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