Um dia banal, conversas superficiais, sorrisos a esconder os dentes, e uma sensação de desamparo que me descobre e derruba os muros que venho erguendo em torno das emoções.
São assim os dias, a maioria deles. Acordar, colocar a máscara e ser o palhaço certo em cada cena do circo da vida.
Mesmo quando me julgo feliz lá se instala a tal sensação de desamparo que me apequena e fragiliza.
Quem vê de fora não nota, que as portas são duras e a fachada de traços fortes.
Mas quem entra carece de cuidado, que a matéria é frágil e parece tremer ao toque, sobretudo quando este é desajeitado e impaciente.
É assim o toque da infância, desajeitado e impaciente, mas ímpar em doçura e pureza.
Tenho sentido esse toque desde que decidi estar perto de crianças especiais, a quem a vida mostrou mais do que os seus tenros anos mereciam.
Nesses dias, em que a banalidade se distrai e me esquece, retiro a máscara e sou feliz!
Sem comentários:
Enviar um comentário